No começo da minha recuperação, assim como a maioria dos familiares e amigos de adictos, minha mente era recheada de perguntas:
"Por que o outro usa drogas?"
"Por que o outro não pára de usar drogas?"
"Por que o outro não percebe o quanto as drogas lhe fazem mal?"
"Por que o outro não faz a recuperação como deve?"
"Por que o outro não tem consideração para comigo e o restante das pessoas que o amam?"
"Por que o outro me faz sofrer?"
"Por quê?" "Por quê?" "Por quê?"
E assim foi por um bom tempo... Até que comecei a perceber que as respostas nunca vinham e quando vinham, não me confortavam ou me faziam aceitar a situação.
Buscar perguntas, baseadas na vida do outro, apenas aumentaram minha obsessão pelo outro, e consequentemente afetaram ainda mais minha serenidade, que aliás eu nem tinha, tinha na verdade, períodos de "marasmo", períodos de "silêncio", mas eu vivia com medo, com depressão, e sem perspectiva.
A vida só mudou quando percebi que eu era impotente perante o outro e que entre nós, poderia existir amor, mas que nossas doenças eram diferentes, muito diferentes e muito semelhantes... (mas outro dia eu falo sobre isso), mas na diferença eu nunca entenderia a doença dele, comecei a perceber que entender a adicção também não era importante, importante era eu entender EU, entender a co-dependência!
Pois era ela que me fazia sofrer,a co-dependência e não o adicto ou a adicção, era a co-dependência que me fazia perder noites de sono, e não o outro, era a co-dependência que me fazia achar que o mundo estava sendo cruel comigo e não o mundo que era desumano.
As pessoas não são cruéis com você, você que cria expectativas fantasiosas!
O Mundo não é cruel com você, você que permite ser enganado, que se permite sofrer!
O Adicto não é cruel com você, ele é cruel consigo mesmo, o que te afeta da adicção dele, são apenas respingos da maldade que ele mesmo si faz! E respingam porque você permite, respingam porque você não permite que as pessoas vivam as suas próprias vidas, porque você acha que tem o direito de invadir a vida do outro e tomar decisões pelos adultos à sua volta.
Depois que se descobre onde realmente deve estar o foco de nossas vidas, depois que se percebe onde está a felicidade,depois que aceitamos que precisamos de serenidade para aceitar o que não podemos mudar, criar coragem para mudar o que podemos é como andar, começa sempre com o primeiro passo!
Amo Vocês!!!
"Por que o outro usa drogas?"
"Por que o outro não pára de usar drogas?"
"Por que o outro não percebe o quanto as drogas lhe fazem mal?"
"Por que o outro não faz a recuperação como deve?"
"Por que o outro não tem consideração para comigo e o restante das pessoas que o amam?"
"Por que o outro me faz sofrer?"
"Por quê?" "Por quê?" "Por quê?"
E assim foi por um bom tempo... Até que comecei a perceber que as respostas nunca vinham e quando vinham, não me confortavam ou me faziam aceitar a situação.
Buscar perguntas, baseadas na vida do outro, apenas aumentaram minha obsessão pelo outro, e consequentemente afetaram ainda mais minha serenidade, que aliás eu nem tinha, tinha na verdade, períodos de "marasmo", períodos de "silêncio", mas eu vivia com medo, com depressão, e sem perspectiva.
Manter a serenidade quando nada acontece, parece fácil, pois na verdade camuflamos nossos medos, escondemos nossas expectativas, pois sentimos inconscientemente que "não há nada do que se reclamar!Eu achava que "serenidade" era quando a vida parava, quando nada de ruim acontecia!
A vida só mudou quando percebi que eu era impotente perante o outro e que entre nós, poderia existir amor, mas que nossas doenças eram diferentes, muito diferentes e muito semelhantes... (mas outro dia eu falo sobre isso), mas na diferença eu nunca entenderia a doença dele, comecei a perceber que entender a adicção também não era importante, importante era eu entender EU, entender a co-dependência!
Pois era ela que me fazia sofrer,a co-dependência e não o adicto ou a adicção, era a co-dependência que me fazia perder noites de sono, e não o outro, era a co-dependência que me fazia achar que o mundo estava sendo cruel comigo e não o mundo que era desumano.
As pessoas não são cruéis com você, você que cria expectativas fantasiosas!
O Mundo não é cruel com você, você que permite ser enganado, que se permite sofrer!
O Adicto não é cruel com você, ele é cruel consigo mesmo, o que te afeta da adicção dele, são apenas respingos da maldade que ele mesmo si faz! E respingam porque você permite, respingam porque você não permite que as pessoas vivam as suas próprias vidas, porque você acha que tem o direito de invadir a vida do outro e tomar decisões pelos adultos à sua volta.
Depois que se descobre onde realmente deve estar o foco de nossas vidas, depois que se percebe onde está a felicidade,depois que aceitamos que precisamos de serenidade para aceitar o que não podemos mudar, criar coragem para mudar o que podemos é como andar, começa sempre com o primeiro passo!
"Se você não tem obtido as respostas que procura, talvez seja hora de mudar as perguntas!"
Amo Vocês!!!
3 comentários:
Oi mulher! Sempre bom voltar a ler suas postagens. É bem por ai, pelo menos para mim, quando parei de perguntar porque, e simplesmente aceitei porque é assim! E uma vez que você aceita as coisas que você não pode modificar, as que você pode começam a ficar mais óbvias (no começo da minha recuperação estava tudo embaralhado mesmo). TMJs super beijos
Parece que está falando da minha vida,e depois que ouvi a música cai aos prantos ,não pare com as postagem vc não tem ideia como ajudou que Deus te abençoe grandemente,tmj bjo.
olá madrinha...nesse momento estou embarulhada...pq ainda essa historia de limites não defini muito bem..mais só por hoje...to pedindo q o PS...me de sabedoria...pra entender o q devo mudar...e pra que eu tenha coragem e mude...bju
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