As vezes fico pensando o quanto é dificil me desligar com amor das pessoas que me rodeiam, pois é...Não sou "formada" nem "graduada" em tudo aqui, algumas coisas ainda me pegam e me deixam mal, mas afinal... "passar mal" também é aprender.
Muitas e muitas vezes vejo e vi companheiros de irmandade falando sobre desligamento, ou desligamento com amor, eu também já falei várias vezes sobre o assunto, essa semana tenho tido um despertar e tenho visto o desligamento com amor com outros olhos...E tudo isso porque sábado fui passear na casa de uma companheira e ela me contou que outra amiga nossa estava mal, desanimada com o programa e achando que o Nar-anon não funcionava, sempre prestei muita atenção nas partilhas dessa compaheira, quando eu cheguei ela já estava lá, dando forças pra quem chegava e apoiando quem não estava bem, sempre achei essa senhora uma pessoa de uma força inabalável, e muito parecida comigo em alguns aspectos. E sábado, me fiz pensar novamente nela, pegando no arquivo da minha mente suas partilhas e refletindo muito sobre elas.
Percebi que realmente temos muito em comum, e uma delas é o bendito DESLIGAMENTO COM AMOR, temos uma imensa dificuldade de separar o que é ignorar do desligar-se, ou de fazer o desligamento COM AMOR.
Quem não vive o problema deve achar isso um absurdo, mas quem vive... sabe. Nós realmente fomos afetados pela adicção de outra pessoa e que muitas vezes a dor de ver um amado se destruir é tão grande que sentimos que o adicto não tem capacidade de gerir sua propria vida e muitas vezes nós a tomamos dele. Desligamento com amor é devolver as pessoas que amamos suas próprias vidas.
Para muitos de nós pode até ser doloroso, mas a verdade é que cada um tem o direito e o dever de tomar conta de sua propria vida e do seu proprio corpo. Mesmo que seja para fazer com ela algo que eu não concorde que seja o melhor.
A adicção de um familiar as vezes nos afeta tanto que achamos que o melhor pra pessoa seja ficar em casa, sem fazer nada, muitas vezes incentivamos e até obrigados nossos familiares a isso, eles arranjam um emprego novo, nós dizemos que o salario é baixo, eles se matriculam em algum curso nós dizemos que o curso é ruim. Eles dizem que querem trabalhar numa clinica, nós dizemos que eles estão jogando seu tempo no lixo, eles dizem que vão as reunião todos os dias nós dizemos que eles não ficam com a familia, eles dizem que vão as reuniões somente aos sabado, nós dizemos a eles que irão recair.
E ai quando eles dizem que estão mal, e que estão tristes, e que estão felizes a outra pessoa, nós os questionamos e achamos que eles deveriam dividir seus sentimos conosco que somos quem estamos do lado deles o tempo todo. E eu me pergunto... De que lado eu estou, do lado de trás? Puxando o adicto pela camisa, evitando que ele evolua da sua maneira, ou do lado de cima, tentando comandá-lo como um marionete, ou pior me achando o próprio PODER SUPERIOR, na vida dessa pessoa?
Muitas e muitas vezes vejo e vi companheiros de irmandade falando sobre desligamento, ou desligamento com amor, eu também já falei várias vezes sobre o assunto, essa semana tenho tido um despertar e tenho visto o desligamento com amor com outros olhos...E tudo isso porque sábado fui passear na casa de uma companheira e ela me contou que outra amiga nossa estava mal, desanimada com o programa e achando que o Nar-anon não funcionava, sempre prestei muita atenção nas partilhas dessa compaheira, quando eu cheguei ela já estava lá, dando forças pra quem chegava e apoiando quem não estava bem, sempre achei essa senhora uma pessoa de uma força inabalável, e muito parecida comigo em alguns aspectos. E sábado, me fiz pensar novamente nela, pegando no arquivo da minha mente suas partilhas e refletindo muito sobre elas.
Percebi que realmente temos muito em comum, e uma delas é o bendito DESLIGAMENTO COM AMOR, temos uma imensa dificuldade de separar o que é ignorar do desligar-se, ou de fazer o desligamento COM AMOR.
Desligar-se com amor não é matar quem se ama nem ignorá-lo, muito menos não se importar com que o outro anda fazendo, pelo contrario, desligamento COM AMOR, é deixar de achar que os problemas do adicto são seus, ou pior achar que o adicto é seu.
Quem não vive o problema deve achar isso um absurdo, mas quem vive... sabe. Nós realmente fomos afetados pela adicção de outra pessoa e que muitas vezes a dor de ver um amado se destruir é tão grande que sentimos que o adicto não tem capacidade de gerir sua propria vida e muitas vezes nós a tomamos dele. Desligamento com amor é devolver as pessoas que amamos suas próprias vidas.
Para muitos de nós pode até ser doloroso, mas a verdade é que cada um tem o direito e o dever de tomar conta de sua propria vida e do seu proprio corpo. Mesmo que seja para fazer com ela algo que eu não concorde que seja o melhor.
A adicção de um familiar as vezes nos afeta tanto que achamos que o melhor pra pessoa seja ficar em casa, sem fazer nada, muitas vezes incentivamos e até obrigados nossos familiares a isso, eles arranjam um emprego novo, nós dizemos que o salario é baixo, eles se matriculam em algum curso nós dizemos que o curso é ruim. Eles dizem que querem trabalhar numa clinica, nós dizemos que eles estão jogando seu tempo no lixo, eles dizem que vão as reunião todos os dias nós dizemos que eles não ficam com a familia, eles dizem que vão as reuniões somente aos sabado, nós dizemos a eles que irão recair.
E ai quando eles dizem que estão mal, e que estão tristes, e que estão felizes a outra pessoa, nós os questionamos e achamos que eles deveriam dividir seus sentimos conosco que somos quem estamos do lado deles o tempo todo. E eu me pergunto... De que lado eu estou, do lado de trás? Puxando o adicto pela camisa, evitando que ele evolua da sua maneira, ou do lado de cima, tentando comandá-lo como um marionete, ou pior me achando o próprio PODER SUPERIOR, na vida dessa pessoa?
Não não, como diz minha neném de 2aninhos...."não não mamãe"... Nosso lugar é ao lado, porque ao lado não temos que andar nos mesmos caminhos que o adicto e nem ele pelo nosso caminho, andamos cada um no seu, do lado e não de lado, dividindo amor, e não a vida. Partilhando experiencia, força, esperança e fé, não podemos deixar nos tornamos inimigos, nem vitimas, nem algozes.
Desligamento com amor é devolver ao outro o que é do outro, sua vida, seus problemas só quem pode resolvê-los é você mesmo e vice versa, podemos dividir a dor do outro, ouvindo, abraçando, afagando, amando, não dá pra arcar com os custos financeiros da orgia alheia, afinal vc trabalha, vc recebe e não gasta? Isso me parece um pouco de insanidade... não acha?rs
Percebo que muitas vezes não tratamos o outro como companheiro... me soa irônico, mas eu mesma tenho uma dificuldade imensa de colocar isso em pratica.... Muitas vezes posso ficar horas ouvindo a partilha de uma companheira, mas não consigo ficar minutos ouvindo meu familiar, isso se chama "reserva", ainda tenho reserva de que o outro só fala besteira, de que o outro me manipulou, mentiu pra mim, me traiu...
E por isso não consigo ter um ouvido sincero pro outro, e isso é ruim pois me mostra o quanto sou desinteressada da vida que existe dentro daquele corpo do qual por muitas vezes eu achei que era dona, que mandava e desmandava.
As nossas doenças, mesmo sendo diferentes, nos dá a oportunidade de dois caminhos... o da MORTE e o da RECUPERAÇÃO, hoje eu escolho recuperação pra mim e vc?Eu hoje me desligo, hj puxo o plug que me mantinha insanamente nutrindo minha doença, pois sei que vc é capaz de se nutrir, muito mais capaz do que desejo (porque ainda te quero indefeso no meu colo) e muito mais capaz do que vc imagina, hoje me desconecto de você, e passo apenas a orar e a torcer por sua vitória e pela minha, sabendo que uma não depende da outra!
2 comentários:
Cicie: tomei emprestado seu artigo para posta-lo em meu blog. Dar-lhe-ei os devidos créditos. Eu preciso compreender este tema codependente e que me leva a uma nova compreensão de tantas coisas. Você é bem didática. Não curto essa ideia de ser graduada e não ser graduada, não faço distinção. Sua graduação é tão perceptível face seu notável saber.Escreva sempre e beba Chico Buarque, Cheire Vinicius, fume Toquinho, injete Bethânia e guarde no coração uma sóbria dose de amor.
Amigo, pode pegar os posts que quiser, e não precisa "dar os devidos creditos", eu gosto especialmente de manter meu anonimato, uma porque preserva minha identidade e outra porque evita meus ataques de "ego", afinal aprendi que principios acima de personalidades é sempre a melhor escolha pra minha recuperação, o que eu escrevo aqui é apenas o que aprendi e o que qq um pode aprender, não sou detentora da verdade, aliás ainda busco o segredo nas reuniões.
Fique a vontade, a casa é nossa!
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