Divórcio: Você está bem?

Eu não sei!
Mas, alguns dias atrás, aliás no meu primeiro aniversário pós divórcio, ouvi algumas perguntas de amigos íntimos e muito queridos:
- Será que era amor mesmo? (Lia, fazendo uma pergunta/análise sobre minha "serenidade" pós divórcio)
- Achei que esse "divórcio" não duraria uma semana (Dani, tendo a mesma atituda que a Lia, só que olhando o passado da minha relação)
E... Finalmente a mais dificil, e a que me fez levantar minhas anteninhas de venil...
- Como você está? (Bruno, um amigo que talvez me conheça muito mais do que qq um imagina, inclusive ele mesmo)
E foi a partir da conversa com esse amigo que algumas inverdades se transformaram de vinho em água.
Instintivamente quando as pessoas me perguntam sobre meu ex-marido, digo que nos separamos e automaticamente começo o discurso ensaiado de que tudo está bem, que nos damos bem, que hoje decidimos por deixar de ser marido e mulher para nos tornarmos em uma familia, dái embalo o discurso com fatos (porque afinal as pessoas só se convecem de que a noticia dada não é nenhuma catastrofe nuclear se houver FATOS), falo da relação que foi fortalecida entre pai e filho, da continuidade dos estudos pelo meu ex (o que realmente me deixa orgulhosa dele), falo da responsabilidade que ele tem com as contas da bebê, e como hoje nos falamos com mais frequência , e de forma muito mais atenciosa que antes, enfim... Eu realmente acredito que o casal que vive em pé de guerra pós-divórcio só piora a situação para ambos e em especial para o resto da familia.
E com esse meu amigo foi o mesmo, discurso feito, e pergunta re-feita:
- Tá... E como VOCÊ está? (com aquela cara de "desdém" rsrsrs - como mesmo disse)
- Bem... Sobrevivemos Todos (eu, querendo dizer - Bruno, é como pular de para-quedas a gente sabe que o risco de morrer é pequeno, mas sempre se tem o medo de morrer...)
Conversamos mais, e eu continuei tentando dizer que a separação era necessária afinal precisamos ambos amadurecer e que esse amadurecimento só vai acontecer quando cada um andar sozinho, afinal nesses anos nos amuletamos um no outro.
E a verdadeira resposta deveria ser :

Tá FODA = Confesso!!!!Tem sido uma luta diária abrir mão do controle, não sobre mim, mas sobre o outro. Muitas escolhas do outro ainda me soam "estupidas" (ok, fui sincera demais para uma exxx), mas tenho duas opções : 1ª Me remoer dias a fiu e no fim me enforcar num pé de couve. ou 2º Abstrair, aliás de prefeRência nem ouvir, porque afinal hj em dia o que é da minha conta é a questão da pensão (pois isso é uma obrigação de pessoas adultas e porque sou eu que cuido de pagar as contas referentes a bebê - outro dia coloco meu ponto de vista sobre o pagamento de pensão) e a mina relação com minha filha.  APENAS... Mas tem o lado bom, que é ouvir as escolhas boas do outro (que tb devo confessar, tem sido em maior frequencia do que as "ruins"), e torcer, vibrar e comemorar por ele e com ele, afinal quando qq um de nós melhora a familia melhora e é só beneficios pra nossa filha.
Realmente tem sido dificil, mas dificil ainda é ver MINHA princesinha (viu a ênfase maiuscula?) de malinha arrumada indo pra casa do papai, a casa vazia, sem brinquedos espalhados pelo chão, e o tempo livre???? Nossa parece que o relógio empaca, as horas não passam, o silêncio ensurdece! Então, pego eu tb minhas cuias e sumo, vou bater perna, visitar amigos, sair, dançar, assim não penso, aliás não vivo a falta. E se eu vou me acostumar? Acho que não...

Mas eu não disse! E a dificuldade de se abrir? De ser transparente? Afinal, todas as vezes que fui transparente as pessoas passaram e quebraram o vidro achando que não "havia nada lá".

No final da conversa meu amigo soltou a seguinte:
ele: - É ainda existe relacionamento...
eu: - Não.... vc não entendeu... nós realmente não temos mais nenhum relaciomanento, não há beijos, carinhos... nem vc sabe oque!
ele: - Existe .... ainda é um relacionamento sentimental.... Vocês não são mais um casal, mas também não "estão" separados...
eu: cara de chuchu...
ele: cara de desdém (como ele mesmo fala)
eu: É... +/-...
É... meu amigo me deixou com a pulga atrás da orelha...
O divórcio se deu, mas e a relação? Se desfez? Isso é bom? È ruim? É oque?
Ruminei isso até agora, 18 dias, mas a minha conclusão é história pra outro post...
ps: Ah! Vc veio procurando respostas? Desculpe eu só tenho as perguntas...

E você?
 O que pensa sobre o elo afetivo pós-separação?
 Acha que deve existir esse elo? Como?
 Acredita que o divórcio é a sentença de morte para o relacionamento afetivo ou apenas a separação fisica?
ME AJUDA AI PÔW!!!! Deixe seu comentário...

11 comentários:

SPH disse...

Parte 1:
Antes de comentar, ontem levei quase uma hora escrevendo e, no final, o comentário foi perdido. Sempre fico na expectativa aguardado seu próximo post, e, quando ví este novo, que lhe diz respeito e, de certo modo, devassa sua intimidade com a lucidez e sobriedade que lhe são peculiares.
Contam que é um costume dos ingleses responder perguntando. Assim você procedeu no final do texto.Mas, tenho tantas interrogações sobre relacionamentos, algo que não deveria me interessar por ser do sexo oposto ao seu e, comumente, homens não estão nem ai, salvo quando se consideram "vítimas" (rs). Não aspiro o que nem Frud conseguiu e o deixou frustrado, mas ler seus escritos como se a tivesse escutando é um "barato".
Quando fina-se uma relação a primeira idéia que vem na cabeça é a indagação: era, realmente, amor?

SPH disse...

Parte 2:
Nem sempre, eu responderia. Há relacionamentos em que um dos parceiros, ou até mesmo ambos, dissimulam e convivêm por conveniências particulares e levam a vida fingindo e traindo. Mas a maioria dos relacionamentos, pelo menos na parte que toca a mulher,a impressão que fica é de que o amor era muito intenso. Vejo isto em suas palavras, ainda que com cert dose de desprendimento, outra de humor, algumas de ironia. Você é daquelas garotas que gostariam do amor-diamante, sempre burilado à espera do melhor e maior quilate. Bem, acho que eu era assim, imaginava algo tipo: até que a morte nos separe (rs). Parece que estou melhor entrando no seu estilo. Mas eu cria naquela conversa da santa igreja católica de : você jura isso e mais aquilo... na saúde e na doença, na fortuna ou na pobreza e etc.Essa "jura" comigo funcionou em parte. Mas, como diz o dito popular: quem jura mente. Então os casamentos começam com uma mentira e, se for verdade que a voz do povo é a voz de Deus, o casamento é uma mentira que a gente quer e deseja e cujos resultados, na atualidade, terminam por revelar corações de barro, o que não significa o mesmo de coração derretido. Você, carissima e inteligentissima blogueira é aquela mulher romântica à moda antiga, embora pareça sem querer aparentar ser.Mas chegou numa fase em que algo a secou por dentro e este algo foi o desligamento inconsciente emocional e isso desregula qualquer relação. É como eu estar lhe falando das estrelas e você pensando na lua. Compreende?
Não sei se você passou aquele processo chato, uma via crucis, que é o da separação de corpos, depois a mediação do juiz, até chegar ao divorcio e a sentença final. Que chato terminar algo que se iniciou , quase sempre, em um templo, finar-se em um tribunal. Ironias do amor? Se fosse amor, diria Balzac, deveriamos ser cegos, a ausência da cegeuira no amor e a presença da visão significa que não era amor. Sei lá, estes escritores renomados nos deixam com a pulga atrás da orelha.
Bem, hoje eu me sinto coimo se estivesse chegando naquele dia em que a gente diz:

SPH disse...

Parte 3:
- finalmente consegui o meu desligamento com amor! Mas o meu desligamento foi horrivel. Ocorreu na rua, em um ponto de ônibus, onde eu parei e dei pra falar, indagar e, confesso que fui tão grosseiro, quando deveria ser polido, fino, educado, elegante, sentimental, mas algo brotou de dentro como se eu fosse um vulcão em erupção. Fui duro, mas não fui escandaloso. Mas, puta que pariu, em nem tive a elegância de chama-la para sentar-mos e conversarmos, numa boa. Fui mais ou menos curto e grosso e cheguei ao ponto final dizendo: - daqui pra frente nós não temos mais nada a ver um com o outro, nosso casamento acabou, você não representa nada para mim. Virei as costas e fui embora, foi o tempo suficiente para ela reagir e quase gritando dizer: - Eu não quero você, mas com aquela cara de quem ainda queria. Ai me veio a trilha sonora do momento: O que será que será, na voz de Milton e Chico, pois são três versões e eu me indaguei : o que é que está dentro da gente que não devia? Teria tantas respostas para o será que será, mas eu resumiria tudo em uma única palavra para explicar minha explosão: amargura. Eu estava vivendo amargurado, com uma sensação de que nela, o desligamento emocional havia acontecido, embora a co-dependência dela ainda fosse muito presente, mas era só a doença e nada mais e, não havia amor. Então cheguei, não sei a que ponto da minha história, mas acho que você já está assentando e decantando o pensamento. Sua micro visão tornou-se macro e eu não sei qual será o resultado desta sua situação e muito menos que fim o destino selará nesta minha vida que mas parece uma novela, ou um dramalhão mexicano, dos bons. O amor ao findar leva mesmo à paz? não me sinto em paz, me sinto ainda confuso em muitas coisas e com o desejo de fazer perguntas, muitas, infinitas perguntas, um interrogatório sem fim... Não tenho respostas, me senti em certos momentos como um "maior abandonado" (rs)e, como resposta tornei-me infantil, menino fujão, contestador, e, o que é pior, revoltado. Agora o meu desejo é chegar à serenidade do adeus com classe, típico de quem quer emprestar ao seu romance um ar de final feliz, pois todos nós queremos na vida finais felizes e, agora eu me pergunto : - e dai ? e dai é a neblina típica de uma atmosfera fria londrina. Sei lá o que será de agora para diante. Sei que estou como um marujo tentando governar uma nau em plena tempestade. Sei que estou indo, mas não sei para aonde e isso me inquieta, me impacienta, me deixa pirado. Eu quero e gosto do mundo da clareza, da honestidade, da sinceridade e não das falsas mesuras, dos falsos aconselhamentos. Bem, finissima e tolerante blogueira, preciso parar de escrever... tenho a pena leve e o sentimento à flor da pele, sou contraditório, timido e um vulcão em erupção quando chega a gota d´água. Não tenho respostas para suas perguntas, mas tenho perguntas para suas respostas. Que Deus lhe proteja e seja o que Deus quiser. Faça-se feliz! (eu quero e não consigo, porque aprendi que pessoas precisam de pessoas e sozinho em não posso, mas alguém pode,se eu permitir...)

SPH disse...

O que pensa sobre o elo afetivo pós-separação?
Não tenho experiência alguma em separação, salvo aquela dos namoros ou de romances fugazes. Mas numa relação de quem sonhava com um final feliz eu acredito que será um elo "faz-de-conta", quando um estiver diante do outro. Sei lá, dependendo das circunstâncias, poderá ater renascer uma "cantada", só não sei se será uma cantada verdadeira. Mas esse elo é tão tênue que tudo pode fluir para uma cama, ou um tapa na cara, ou um beijo na boca, nunca se sabe. Seria advinhação prever como será. Particularmente será o que sempre foi e corresponderá ao estado emocional do momento.
Acha que deve existir esse elo? Como?
Creio que este elo deveria ser formal. Separação é uma decisão dificil, mas depois que ocorre, para mim, é o só o começo do fim, que devemos buscar que acabe da melhor forma possivel, sem mágoas e se ressentimentos e, no mais, é adeus mesmo.
Acredita que o divórcio é a sentença de morte para o relacionamento afetivo ou apenas a separação fisica?
A primeira parte da pergunta é complexa. Depende de qual relacionamento afetivo se refere. No caso de um ex e uma ex, acho que só as circunstâncias poderão falar. No outro plano do entendimento, creio que o divorcio é o extremo, portanto o ponto final, não irrevogável de uma relação. Lá adiante, dois corpos que se separaram afetiva e fisicamente poderão voltar a se unir. Isso vai depender muito de inúmeros fatores. Se o que findou era realmente o que o coração queria, acho que sim. Mas todo final tem um novo começo. O recomeçar é mais dificil se se petende levar um novo relacionamento a sério. O dificil é saber responder uma perguntinha boba: era amor? Ah, em matéria de amor tudo é muito complicado, principalmente para uma mulher. E olhe que a mulher é muito mais conhecedora da matéria que qualquer homem. Eu só sei que no amor ganha quem foge primeiro!

Anônimo disse...

Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?

··¤(`×[¤Cici¤]×´)¤·· disse...

Querido amigo!!! Que bom vê-lo por aqui, é sempre ótimo ser visitada por seus comentarios, vejo sempre uma analise por trás de cada um... uma análise da minha vida e tb da sua... È sempre poder contar com amigos... afinal, como descobrimos nos grupos, a amizade sincera vem com amor incondicional, aquele que não julga querendo sentenciar, mas sim ajudar.
Respondendo algumas perguntas:
Sim, eu quero e acho que mereço um amor diamante - aliás todos merecemos.
Sim, eu tb acreditava que o casamento deveria ser eterno até que a morte nos separe, e sim tb, eu jurei na saude e na doença, na riqueza e na pobreza, e na alegria e na tristeza, e eu tentei, vivi a miséria da co-dep, a doença da adicção e a tristeza de uma internação, não que isso seja mérito algum, mas acho que no meio dessa jornada algo se disolveu, será o amor? a admiração? o que será que será?
e talvez hj eu tenha ficado com apenas o refrão de uma musica do paralamas:
Ela Disse adeus, e chorou,
Já sem nenhum sinal de amor
Ela se vestiu e se olhou
Sem luxo mas se perfumou.
Lágrimas por ninguém
Só porque é triste o fim!Outro amor se acabou...

Tantas perguntas... mas juntos...um ajudando o outro sempre, assim é estar irmandado, conseguimos nos manter de pé, sãos, e em constante recuperação...
As coisas vão melhorar amigo... sempre vão melhorar, nem que para isso teêm de ficar um pouquinho ruim!rs

Anônimo disse...

Achava que os meus péssimos comentários tivessem sido perdidos. Todos os finais são dramáticos. Relembro um relacionamento que tive, antes de casar. Eu era louco por uma garota que havia sido noiva de um cara e, ainda que terminados, ela gostava dele e eu gostava dela. Eu lutei por ela e, lá um dia, me veio à cabeça uma incerteza. Achei que era o momento de acabar. Marquei um encontro com ela (na fase mais quente do amor) e naquele blá-blá-blá chato, típico de quem quer dizer e não acha as frases certas eu acabei sentenciando o nosso ponto final. Ela me tocou carinhosamente e, com lágrimas nos olhos me falou: logo agora que estou lhe amando?! Porra, eu não esqueço disso. Mas existia dentro de mim uma falta de emoção e se ela me tivesse falado um mês antes que estava me amando eu não teria acabado. Depois dela vei a que eu disse adeus recentemente e que eu imaginava que seria até o final dos tempos. Se errei, ou não, só ela poderá julgar. No meu entendimento fiz o certo e já não dá mais para me arrepender. Foi, nos últimos 6 anos, uma relação ruim, doentia e minha adicção se iniciou no auge da crise conjugal e era terrível. Queria ajustar tudo, mas a gente não se ajusta porque um quer impor a sua maneira de ser e de querer ao outro e o diálogo inexiste e cede lugar às discussões...

Anônimo disse...

Há em "Confesso", que Ana Carolina canta, algumas coisas com as quais me identifico e noutras até que não se encaixam:
Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

Esse final me remete àquela pergunta sua, no final do post. Sei lá se o final é mesmo o final, mas deixar a porta entreaberta é olhar pra trás e, me soa como um estar-se preso, ainda. Essa sensação só acabará quando algo de novo pintar dentro do vazio que ficou e que nascerá da incessante busca de um final feliz para minha história, mas, apesar da minha decisão, eu temo o meu lado sentimentalas busco não voltar atrás, embora mil lances pintem na minha mente em relação ao futuro, pois devo pensar nas consequências do ato. Se fui intempestivo acho que não...

Anônimo disse...

Nem sei, mas "trocando em miúdos" e dando o troco para o ela, que certa feita me "disse adeus" ( e voltou). Creio que foi o grande erro dela e o meu acerto foi investir na máxima do "quem ganha no amor é quem foge primeiro" só que acresço que eu "fugi" em definitivo. Não fiquei com o sentimento da perda, ou da derrota de um adeus, que foi muito mais um "até logo". Eu só buscava amadurecer mais enquanto ela amadurecia e, acabamos caindo de maduros. Resta saber se iremos apodrecer no chão, o que não espero que me ocorra. Mas nessa fase de minha vida inúmeras vacilações ocorrem, dúvidas pairam no ar e eu me indago: será que pintará uma outra que restaure meu sentimento e me traga a emoção e afetividade de volta. Creio que sim e só me falta oportunidade pois minha vida eu permiti que fosse demasiadamente invadida por toda sorte de co-deps e para me desvencilhar vai ser uma zorra. Outra questão é a oficialização do ato separatório, ter que encarar juiz, ver a questão da pensão, ajustar tudo, quando eu já não desejo mais encarar aquela que foi, sem nunca ter sido. Eu posso estar com o meu juízo afetado e, até creio que sim. Também deixei a impressão de que meu ato tinha um componente de premeditação de uma "vingança", mas não foi bem assim, eu pensei muito e as más lembranças foram pintando e se acumulando e rolou a gota d´água. Sua situação parece bem ajustada, há responsabilidade mútua e no meu caso estou vivendo o caos indesejado mas necessáio. Agora é a fase do "enfim sós" até que a luz dos olhos de uma outra encontre os olhos meus. Será que isso é tão dificil? eu sei que fácil, como a maioria dos homens imaginam, não será, pois não basta ser companheira, cúmplice, dedicada, cuidadosa e vice versa, tem que ser um amor de verdade e, nós sabemos, que um coração abatido, pode ser restaurado, mas uma alma arranhada, será sempre uma alma machucada. Será preciso tempo, mas eu não posso perder tempo e tenho que viver porque eu estou caminhando rumo ao ocaso da existência física e não vou ficar achando que a velhice não me assaltará e que depois de velho vou ser o mesmo... Porra, é foda para o homem que quer viver um amor que não seja circunstancial, um remédio, um paliativo, mas devo compreender outros lances novos que nascerão em minha vida, pois só posso falar de mim e por mim. Sua vida está quase resolvida não fosse esse lançe de você ainda estar olhando para trás, na incerteza do que nos reserva o futuro de uma pós separação. E você disse adeus!!! me pareceu um pouco cruel (rs). Bye, baby! Um cego não pode guiar outro, não é mesmo? só em filmes!

··¤(`×[¤Cici¤]×´)¤·· disse...

hj por acaso assisti um doc na cultura, sobre a vida selvagem e que me veio a mente lendo seu comentario "maduros caimos ao chão, espero não apodrecer" algo assim, nele uma fruto caído ao chão, é a salvação dos animais que não conseguem subir às copas para se alimentar, e para que isso ocorra o fruto tem de estar muito maduro, maduro o suficiente para que aquele animal possa quebrar a casca e se alimentar, talvez seja o velho ditado popular de que cada tampa tem sua panela, cada um tem seu tempo meu amigo, e "ela disse adeus... lágrimas por ninguém, só porque é triste o fim..." Você talvez não imagine, mas doeu demais, cruel? talvez sim... mas cruel com quem?
...não tem jeito né? É SPH mesmo!!!
Obrigada meu amigo! Sua ajuda sempre é e será bem vinda!

Anônimo disse...

Frutas caída servem aos humanos que também pertecem ao mundo animal; Frutas podres também servem de alimento para a própria terra e, em ambos os casos, comidas pelos animais que dela extraem os nutrientes necessários à própria existência e, depois de digeridas,via o aparelho excretor devolvem à natureza a semente em meio às fezes (isso me lembra que até do lixo nasce flor, da lama nasce a flor de Lotus)... já as apodrecidas perpetuam a espécie, também. Mas o chato mesmo é cair e não poder se levantar... é o tal "caiu de maduro", expressão antiga. Figura de linguagem à parte, o essencial é levantar, reconhecer seus erros e dar a volta por cima, estabelecendo novas estratégias para viver de modo salutar e fugindo do chamado circulo do perú. Diz a lenda que o perú traça em torno dele um circulo e que dai não sai. Nós temos a capacidade de romper barreiras, saltar obstáculos, ultrapassar nossos próprios limites e, como se estivéssemos em uma maratona,chegarmos ao final, ainda que cansados. Vá devagar mas vá é o que aprendi e sei que estou dando um passo novo na vida e, ao mesmo tempo, voltando ao primeiro passo que é o do luto, com suas cinco etapas a serem vencidas. Estou engatinhando novamente. O sentimento de certa maneira é o antônimo da alegria e a minha meta é viver só por hoje! Aquele abraço e grato pelas suas palavras.
P.S: depois que leio o que escrevi verifico tantos erros, mas basta reconhece-los, sem necessidade de erratas. Sou um livro aberto com algumas páginas arrancadas. Dia seguinte procedo minhas reflexões e corrijo o essencial e o essencial continua sendo um segredo do coração. Postei em um blog algo sobre AMIZADE, mas não sei em qual deles, pois são 8 mais ou menos ativos. Dá um trabalho danado, mas é uma ocupação que tracei para ir levando a chama do que me restou de sobriedade, que, espero, restaure-se por completo. SPH!

 

··¤(`×[¤Cicie e Ana¤]×´)¤··

"Insanidade é fazer as mesmas coisas, esperando resultados diferentes." Descobrimos que sozinhas não conseguiríamos, mas que com pessoas que buscam as mesmas vitórias, nos sentimos mais fortes,menos solitárias, e mais conectadas com nosso Poder Superior. Um dia de cada vez a gente junta um ano.

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